quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O Poema"O JOGADOR NA IGREJA", realmente, com toda certeza, é da autoria de: LEANDRO GOMES DE BARROS, conforme publicado o original com o seu nome no livro: CANTADORES, página 122, do escritor Leonardo Motta, em 1921 pela Editora Castilho-Rio de Janeiro.(Eu tenho esse livro) O autor do poema, nasceu em Bombal-PE, em 19/nov/1865, e faleceu em 4/mar/1918. Por fazer mais de 90 anos do falecimento do autor, muitos aproveitam e querem apossar da autoria do poema, sendo que devemos respeitar o autor legítimo. Veja o poema abaixo

O JOGADOR NA IGREJA
Autor:Leandro Gomes de Barros

Um dia eu fui a missa cumprir minha obrigação, por não ter um livro de reza, levei um baralho na mão. Eu tava dentro da igreja com meu baralho elevado e não vi perto de mim um sargento ajoelhado.
Com pouca demora na igreja foi entrando dois soldados chego pra mim e disse: "Moço o senhor ta intimado, o doutor mandou chamar para ser interrogado".
E logo que eu cheguei na presença do doutor ele foi me interrogando e me chamando de pecador e perguntou se na igreja é lugar de jogador.
Eu fui e respondi pra ele: "Vo faze a explicação, depois de bem explicado o senhor vai me da razão pois verá que em todo baralho tem a sincera devoção".
"É que quando eu pego no Ás que tem uma pinta somente, eu me lembro que existe um só Deus Onipotente, que quando chamamos por Ele, Ele está sempre presente.
Quando eu pego no 2, com gosto me lembro eu, que com duas tabuas de pedras o Criador escreveu, os 10 Mandamentos Sagrados pra salvar os filhos Teus.
E quando eu pego no 3? Pego com sinceridade, me lembro das três pessoas da Santíssima Trindade. Pai, Filho e Espírito Santo em um só Deus de verdade.
E quando eu pego no 4 de quatro paus encruzados, eu me lembro que com quatro cravo que Jesus foi cravejado, foi preso sem dever crime, morreu sem dever pecado.
E quando eu pego no 5 me lembro daquele dia de dor, das cinco chagas doidas que sofreu nosso Senhor, derramou todo Seu sangue pra salvar o pecador.
E quando eu pego no 6? Me vem na imaginação dos seis dias da semana na obra da criação, em seis dias Deus fez tudo sem em nada por a mão.
E quando eu pego no 7, me lembro a hora, hora triste magoada dos sete passos de Cristo na sua Paixão Sagrada, com sete espadas de dor, a Mãe de Deus foi cravada.
E quando eu pego no 8, que oito pintas contem, eu me lembro que não se deve armar falso de ninguém, quem arma falso dos outros perdão no céu nunca tem.
E quando eu pego no 9? Me vem na imaginação dos nove meses ditosos da Divina encarnação, que Jesus passou no ventre da Virgem da Conceição.
Quando eu pego no 10, não posso me esquecer, os Dez Mandamentos ficaram para o homem se reger. Quem cumpre os Dez Mandamentos não quer sua alma perder.
E quando eu pego na DAMA, me lembro da Virgem Maria, de certo não fosse Ela, de nos o que seria? Se Ela é a Mãe de Deus e do pecador na agonia
Quando eu pego no REIS, vem logo na minha memória que Jesus Cristo Poderoso é o Divino Rei da Gloria, que não precisa de força pra alcançar a Vitória.
E foi assim seu doutor, que na igreja eu fui rezar, agora eu to a suas ordem para que o senhor deseja. Ou me ponha na cadeia ou me deixe retira."
O delegado pensou, pensou não achou o que fala, viu que eu estava certo, e começou a pergunta porque razão eu deixava o VALETE sem conta.
"Ora seu doutor o VALETE é uma carta ruim, por isso quando eu compro um baralho no VALETE eu dou um fim, pois parece com esse sargento que veio da parte de mim!"

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ouça: Viola e o Carro de Boi, de minha autoria com Tonico e Tinoco



Na viola e na cantoria,
Eu sou mesmo respeitado
Eu tenho um carro de boi,
Levo as coisas no mercado.
No rancho não falta nada,
Um dinheirinho guardado
Ganhei com minha viola
E os produtos do roçado.

Eu vivo com a natureza
E creio em Deus no espaço,
Dificuldade na vida
Há muito tempo não passo.
Estou sempre trabalhando
Com o meu punho de aço,
A viola encomendo
O carro eu mesmo faço.

A coisa que eu mais gosto
Viola bem afinada,
Um carro de boi cantando
Puxando carga pesada.
O meu cavalo criolo
E as vacas na invernada
Mulher e quatro filhinhos
Enfeitam a minha morada.

Com a viola e o carro de boi
Eu fiz meus filhos estudar.
Dois se formaram doutor
Morando na capital:
A Rita e a Mariazinha,
Professoras do arraial
Cresceram ouvindo a vióla
E o carro de boi cantar.

Eu sou caboclo da roça
Fartura eu tenho bastante,
A cabocla na palhoça
Me alegra a todos instantes.
Pedaço de terra boa
Sou devoto confiante
Só peço à Deus que me ajude
Tocar a vidinha pra diante.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ouça a música: A Chuva, de minha autoria e Luiz de Castro com Lourenço e Lourival



A Chuva 

 

Cai a chuva silenciosa no telhado
Pouco a pouco vai molhando minha rua
Vejo a chuva começo sentir tristeza
Porque ela sempre traz lembranças tua
Fico lembrando quase morto de saudade
Daquela tempo que tu me querias tanto
Choro baixinho e a fria água da chuva
Cai no meu rosto e mistura com meu pranto

Fico triste vendo a chuva lá fora
Porque não tenho teu carinho que preciso
Na solidão fico lembrando teu rostinho
E não consigo esquecer o teu sorriso
E depois que a chuva cai sobre as campinas
Vem o sol com o seu raiar sem fim
Vai a chuva e o sol volta novamente
So meu amor que não volta para mim

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Publicação da revista Paraíso Vip mês de ablil

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