sexta-feira, 29 de julho de 2011

Queixume


(Poesia)
Autor: Braz Aparecido

Eu que te amei desesperadamente,
buscando em ti o amor que eu esperava,
me encontro agora num cruel tormento
sem ter comigo quem eu tanto amava.

Eu que fiquei naquelas tardes belas
a contemplar o teu gesto atraente,
me encontro agora a caminhar errante
sem ter mais calma vivo descontente.

Eu que te vi tão meiga e carinhosa
quando encontramos entre beijo e abraço,
me encontro agora sem destino a esmo,
qual uma nuvem a vagar no espaço.

Eu que te vi naquela noite calma,
juras de amor trocamos com alegria,
me encontro agora a lamentar em pranto,
sem esperança de te amar um dia.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Saudade de Paraisópolis

(Poesia)
Autor: Braz Aparecido

Eu deixei entre as colinas
No distante Sul de Minas
Uma bonita cidade.
Despedi e vim me embora.
E infelizmente agora
Vivo sentindo saudade.

É a terra em que nasci,
Lá muito tempo vivi
Com alegria e sorriso.
Mas agora aqui distante,
A saudade é constante
Lembrando de Paraíso.

Trago na minha lembrança,
O meu tempo de criança
Brincando pela calçada.
Eu não ficava sozinho,
Junto de meus amiguinhos
Tudo era felicidade.

Meu Paraíso de encanto
É a terra que eu amo tanto
Por isso agora eu lamento:
A saudade é traiçoeira,
Parece até brincadeira
Sentir saudade do vento.

Com os olhos rasos d'água
Recordo cheio de mágoa
Quando lembro a minha rua.
Onde está aquela gente?
Tudo passa de repente
Só a saudade continua.

Eu queria estar de novo
Juntinho daquele povo
Naquele rincão querido.
Contemplar o horizonte
Rever a praça e a fonte
E os belos campos floridos.

Agora quando anoitece
A saudade me entristece
E invade o meu coração.
Eu lamento a toda hora,
Daquele tempo de outrora
Só resta recordação.

Eu me lembro com saudade
Da minha felicidade
Do tempo que lá morei.
Esquecer jamais consigo
Eu recordo dos amigos
Que lá bem longe deixei.

Pra rever minha cidade
E matar esta saudade
Voltar pra lá eu preciso,
Voltarei alegremente
Pra rever aquela gente
Que mora no Paraíso.